Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

Paraguai tem engenheiro agrônomo, motoboy e farmacêutico na seleção

Todos os 12 inscritos no Sul-Americano trabalham de dia e treinam de noite

Em Cuiabá, onde disputa o Campeonato Sul-Americano, a seleção paraguaia dorme e acorda pensando apenas em vôlei. Mas quando está em Assunção, onde treina, a realidade é bastante distinta. Sem auxílio financeiro para praticarem o esporte, todos os 12 inscritos na competição internacional trabalham ou estudam durante o dia e têm apenas o período noturno para treinar e manter a forma física.

As ocupações são bastante variadas. O levantador Roberto Bogado é engenheiro agrônomo; Hugo Pankratz e Mauricio Brizuela são empresários; Juan Mendoza trabalha em um laboratório farmacêutico, e Luís Riveros é motoboy.
Roberto Bogado no treino de vôlei do Paraguai (Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)
Time paraguaio tem até engenheiro agrônomo (direita)
- Cada um dá o jeito que pode para ganhar a vida. Seria um sonho viver como atleta profissional, mas não é possível com o vôlei em nosso país – disse José Gaona.
José Ortiz no treino de vôlei do Paraguai (Foto: Helena Rebello / Globoesporte.com)
José Gaona, o único que trabalha diretamente
com esporte

Gaona é o único do grupo que ao menos trabalha com esporte. O jogador é professor de educação física e dá aulas para crianças na região metropolitana de Assunção. Apesar de incentivar os pequenos, admite que é um pouco frustrante saber que dificilmente algum terá condições de ser profissional.

- Nossa estrutura é precária e temos muitas dificuldades. Mesmo que um aluno venha a jogar, não é possível se manter apenas do vôlei no Paraguai.

Quando precisam viajar, os atletas pedem dispensa aos respectivos patrões. A maioria não encontra problemas para ser liberado para defender o país, mas o Ministério do Esporte nacional pode interferir caso haja alguma restrição do empregador.